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Rescaldo do enduro da lousã Voltar
24 de Maio de 2014
Lá fomos nós mais uma vez ao Fox Enduro Race da Lousã. Uma prova este ano fora do
Troféu Vodafone organizado pela Federação de Ciclismo Portuguesa. Um percurso de
cerca de 39km com um acumulado ascendente de 1600m constituída por 5 PEC’s, onde
foi possível viajar por alguns dos melhores trilhos da serra da Lousã.
Este ano, a grande novidade foi uma introdução de uma descida de qualificação com
600 metros de forma a alinhar os atletas de acordo com o seu andamento. A mesma,
tinha início previsto para as 18h de Sábado, mas por alguns contra-tempos começou
uns minutos mais tarde. Caracterizado inicialmente por algumas curvas improvisadas
para o efeito, passando por alguns lances de escadas irregulares em xisto, culminou na
estrada de alcatrão onde estava o posto de chegada. A ideia foi boa, mas houve atletas
que furaram, outros que quiseram poupar material e outros que não apareceram.
Sabíamos à partida que o percurso este ano iria ser muito semelhante ao do ano passado,
por isso teríamos pela frente provavelmente a prova mais exigente da época e com o
maior número de participantes.
O primeiro elemento da nossa equipa partia de S. António da Neves por volta 10h e
tinha hora prevista de chegada à vila da Lousã às 15:20. Um pouco mais longa do que
o ano passado, a ligação à PEC 1, cerca de 5 km, fez-se por trilhos com alguma pedra e
pelos corta-fogos habituais até ao Trevim. Após o sinal de partida, a PEC 1, iniciou-se
numa descida vertiginosa de pedra, muito rápida, entrando em seguida em singletracks
sinuosos mais lentos, mas bastante divertidos.
Depois de uma ligação feita por corta-fogos chegámos à PEC 2, uma das mais
exigentes, dada à sua inclinação. Após uma parte inicial bastante fluida e com poucas
curvas, entrámos no famoso singletrack descendente com as rodas bloqueadas e a
escorregar durante +/- 2 km. Depressa, atingimos 300 metros de desnível com 2 drops
pelo meio. Pouco tempo depois de atingirmos a estrada e de entrarmos na 3ª secção,
terminámos talvez a PEC mais lenta de todo percurso.
Ainda com a adrenalina no máximo, fizemo-nos literalmente à estrada até ao
abastecimento, que fez as delícias de muitos. Até pastéis de nata houve para adoçar a
boca. Depois do 1º repasto, lá nos fizemos ao estradão de terra batida, pois esperava-nos
uma PEC 3 bastante rápida e na nossa opinião a menos técnica.
Já no Terreiro da Bruxas, assim se chama o local, dirigimo-nos para a PEC 4 onde
grande parte da ligação era comum à anterior. Os mais gulosos tiveram oportunidade de
repor novamente os açúcares.
A PEC 4 teve início no mesmo local da PEC 3, mas desta vez seguimos o trilho da
esquerda. Um mix de rapidez e de técnica foram características essenciais para enfrentar
as curvas e inclinações da mesma.
Novamente no Terreiro das Bruxas e a uns escassos metros da PEC 5, praticamente não
existiu uma verdadeira ligação digna desse nome. Já na grelha de partida para a última e
derradeira PEC, muitos comentavam se ainda haveria força para a fazer. Caracterizada
por um piso seco e poeirento em algumas secções, o físico e a técnica, fez-se sentir.
Descidas com pedra, curvas de cotovelo, singletracks sem apoio a fazer lembrar os
singletracks à beira das falésias que ao mínimo deslize só parávamos cá em abaixo,
foram apenas alguns dos argumentos para tornar esta PEC a mais perigosa, mas não a
menos divertida. Afinal de conta este trilho tinha que fazer “Jus” ao nome de baptismo
“O interminável”.
O percurso terminou junto ao jardim do coreto com a habitual “feijoada” e uma bebida,
oferecida pela organização, um pouco escasso na nossa opinião. Pensámos que as
sandes de porco e as imperais à discrição de outros tempos da prova da Avalanche Licor
Beirão era preferível.
Uma prova que contou com cerca de 157 atletas inscritos e apenas 113 chegaram ao
fim. Os nossos atletas apesar de alguns problemas mecânicos conseguiram uns honrosos
31º, 58º, 77º, 86º e 90º lugares na classificação geral. Atendendo que normalmente nesta
prova, os 20 primeiros lugares são ocupados por atletas de alta competição, habituados
aos grandes palcos nacionais e internacionais, consideramos que este foi um resultado
bastante positivo.
De 0 a 5 atribuímos uma classificação geral de 4, à organização da prova. Pelos trilhos
atribuiríamos nota 5, mas atendendo que já há organizações que através de acordos com
parques de campismos, bombeiros, facultam a estadia gratuita, almoço e banhos aos
participantes, julgamos que é um factor a ter em conta na hora da avaliação do evento,
especialmente para quem pretende participar em todas as provas nacionais de enduro.
Resta-nos agradecer mais uma vez ao Caparica Futebol Clube e aos nossos
patrocinadores, Ginásio Almaforma, Realtubo, LTintas, M. Domingues e NConstrução,
por acreditarem neste projecto.
Obrigado a todos e até à próxima.
Luis Gonçalves
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